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Deputados socialistas de Castelo Branco recomendam ao Governo que adote medidas de apoio à produção da Cereja do Fundão e de outras regiões protegidas

Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo de Castelo Branco entregaram hoje na Assembleia da República um projeto de resolução em que recomendam ao Governo que adote medidas para apoiar os produtores de cereja das regiões de origem protegida face às quebras de produção devido à pandemia, designadamente da Cereja do Fundão, da Cova da Beira e de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.

Na exposição de motivos do diploma, recorda-se que “a Cereja do Fundão é um ícone incontornável da Cova da Beira”, sendo a sua produção “circunscrita à totalidade do concelho do Fundão e às freguesias limítrofes a Sul, Louriçal do Campo e Lardosa (concelho de Castelo Branco), a Norte, Ferro e Peraboa (concelho de Covilhã), e concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco”.

Joana Bento

“Graças às suas características, goza de grande notoriedade e reputação nacional e internacional, assumindo uma importância agrícola, económica e gastronómica que a tornam num dos principais ex-libris da região”, sublinha-se no projeto de resolução, que tem como primeiros subscritores os deputados do PS Joana Bento, Hortense Martins e Nuno Fazenda, eleitos pelo círculo de Castelo Branco.

Os parlamentares socialistas recordam que “a economia circular em torno deste fruto no concelho do Fundão, Covilhã, Belmonte e Castelo Branco é inequívoco, sendo que em anos normais a produção de cereja está estimada, só no concelho do Fundão, em sete mil toneladas”.

“Porém, as condições meteorológicas adversas e extremas, entre o final de março e início de abril deste ano, nomeadamente neve, chuva intensa, queda de granizo e geada fora de tempo, causaram uma quebra de produção que se estima em cerca de 70%, num prejuízo direto de oito milhões, sendo um impacto muito significativo na economia local”, lembra-se também no diploma.

Já a produção da cereja de Resende “regista quebras que chegam aos 50 por cento”. “A apanha, que arrancou no início de maio, foi afetada pelas intempéries em altura de pandemia em que a neve, temperaturas negativas, geada e a chuva complicaram o trabalho”, recordam os deputados do PS.

Os parlamentares socialistas destacam que o Ministério da Agricultura tem acompanhado atentamente a evolução da situação particular da produção de cereja de 2020, nestas indicações geográficas protegidas (IGP), quer face à pandemia COVID-19, quer face às intempéries conhecidas, num trabalho de proximidade com os produtores e com os autarcas”,  lembrando ainda que “existe um forte apoio do Estado à contratação de Seguro de Colheitas, sendo os níveis de apoio aos prémios de seguro de cerca de 60% a fundo perdido”.

Nuno Fazenda

Contudo, face à necessidade dos produtores adaptarem os seus estabelecimentos à nova realidade da pandemia, “adotando métodos de organização do trabalho e relacionamento com os clientes e fornecedores face às novas condições exigidas neste contexto”, garantindo “o cumprimento das normas estabelecidas e das recomendações das autoridades competentes”,  os parlamentares do PS defendem que “importa apoiar” a produção de cereja nestas regiões.  

Neste sentido, o diploma do PS recomenda ao Governo que “adote medidas que visem apoiar os produtores de cereja das DOP/IGP existentes, de forma a assegurar o seu rendimento e potencial das produções para futuras campanhas” e que “promova, junto dos produtores do sector, ações de sensibilização/divulgação da possibilidade de contratação de seguros de colheita com apoio público de 60%, a fundo perdido”.

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