A chegada dos navegadores portugueses às ilhas de São Tomé e Príncipe, no terceiro quartel do século XV, os conflitos, as crises, as revoltas e as relações humanas e institucionais da época são os ingredientes do livro “História de São Tomé e Príncipe” da autoria de Armindo de Ceita do Espírito Santo, que será lançado no dia 29 de novembro, às 18 horas, no auditório da UCCLA.
A obra conta com a chancela das Edições Colibri.
Sinopse:
O livro explica como foi que os navegadores portugueses chegaram às ilhas de São Tomé e Príncipe no terceiro quartel do século XV e transformaram-nas num contexto social para o seu desenvolvimento, mas em que as relações humanas e institucionais foram complexas e, em muitos casos, difíceis para os grupos sociais mais desfavorecidos, particularmente na ilha de São Tomé.
Explica os conflitos de toda a ordem que se agravaram particularmente depois da transição da sociedade de habitação para a de plantação, com a intensificação de atividades do tráfico negreiro e da produção e exportação do açúcar.
E manteve-se durante o período da dominação da elite nativa desde o século XVII, marcado em torno das principais famílias que disputavam o acesso ao poder e o controlo da riqueza.
O livro mostra que, apesar da sua dureza, o modelo escravocrata colonial tinha dinâmicas de mobilidade social que permitiram que alguns escravizados se tornassem livres e outros chegaram a ser poderosos em termos económicos e políticos, ainda no decorrer do século XVI, vindo a ser dominantes até meados do século XIX.
Faz enfoque sobre o papel da ilha de São Tomé no tráfico negreiro atlântico e transatlântico, a crise económica já em finais do século XVI, as revoltas de negros e mestiços, invasões estrangeiras e a relação entre iniciativas para a abolição do tráfico negreiro e a situação da economia das ilhas.
O livro desconstrói os mitos sobre o naufrágio e Amador rei dos «angolares» e apresenta crioulos da resistência ao regime escravocrata colonial.