“Promover o sucesso académico” e “combater o abandono escolar” são as principais missões de quatro iniciativas lançadas pelo IPG para apoiar os alunos, especialmente os do primeiro ano. O observatório reúne docentes e técnicos da instituição, bem como uma psicóloga, uma socióloga e uma assistente social. “A integração dos estudantes e a deteção dos que necessitam de apoio é prioritária para nós”, afirma o presidente Joaquim Brigas.
O Instituto Politécnico da Guarda – IPG criou o Observatório Permanente de Prevenção e Combate ao Abandono (OPPCA) que vai ter a responsabilidade de monitorizar o percurso dos estudantes do IPG e de detetar, de forma precoce, os que tenham uma situação pessoal ou social desfavorecida, bem como acompanhar os estudantes com fragilidades ao nível da saúde mental.
As missões principais do Observatório e das iniciativas que lhe estão associadas são “promover o sucesso académico” e “combater o abandono escolar”, um problema que afeta sobretudo os alunos do primeiro ano do ensino superior.
O Observatório vai ser composto por quatro professoras da instituição, uma técnica do Gabinete de Mobilidade e Cooperação do IPG, que trabalha diariamente na integração de alunos estrangeiros, uma psicóloga, uma socióloga e uma assistente social.
Uma das professoras é responsável pelo Gabinete de Mediação Intercultural e outra a coordenadora do Gabinete de Apoio Psicológico (GAP).
“É uma estrutura transversal e interdisciplinar que irá reforçar a prioridade que o Politécnico da Guarda tem dado à boa integração dos alunos e a detetar depressa aqueles que necessitam de apoio”, afirma Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda.
“Tal como no início do ano letivo mobilizámos os Serviços de Ação Social para que não houvesse uma única aluna ou aluno a deixar de estudar no IPG por razões económicas, também agora criámos um instrumento para acompanhar os estudantes ao longo do seu percurso académico, ajudando-os a resolver e a ultrapassar dificuldades, para que possam aproveitar todo o potencial que este Politécnico e os seus cursos têm para lhes oferecer”.
Plataforma interativa, mentoria e inovação pedagógica
O Observatório vai articular-se com mais três iniciativas focadas nos mesmos objetivos de promoção do sucesso académico e de prevenção da interrupção dos cursos.
A plataforma académico-social interativa “Sempre Contigo” irá garantir que os estudantes nunca estarão sozinhos durante o seu percurso na instituição.
Permitir-lhes-á comunicar diretamente com as profissionais do Observatório e de outras estruturas de apoio do IPG para abordarem os problemas que enfrentam na sua vida académica, pessoal, familiar ou social.
Haverá “chats” para conversas online nas quais os alunos poderão participar, identificando-se ou mantendo o anonimato.
“Todas as interações dos alunos serão alvo de uma análise cuidada e de respostas adequadas por parte da equipa deste projeto”, afirma Rita Santos, a psicóloga do Observatório.
“Nos próximos dias vamos disponibilizar um questionário aos alunos do primeiro ano e cursos técnicos superiores profissionais: este inquérito é uma forma de detetar potenciais casos de abandono e perceber as causas, de forma revertê-los atempadamente através dos meios necessários. Iremos também incentivar à inscrição na Rede de Mentoria e Tutoria, uma vez que as inscrições se encontram a decorrer”.
Será igualmente implementada uma rede de aconselhamento: a “ProMove – Rede de Mentoria e Tutoria para a Promoção do Sucesso Escolar” irá criar planos individualizados de mentoria e de tutoria centrados no estudante, explorando o seu universo de interesses e utilizando-o para que este contribua para o progresso académico de cada um.
Entrará também em funcionamento o “Programa Transversal de Inovação Pedagógica”, o qual irá desenvolver metodologias e práticas de ensino-aprendizagem orientadas para a autoaprendizagem e para o trabalho em equipa, dotando os estudantes com maiores capacidades para fazer em face às exigências da sua vida pessoal e social no contexto pós-pandemia.
“A articulação das iniciativas em redor do Observatório, assim como a pluralidade das competências de professoras e de profissionais da psicologia, da sociologia e da assistência social, irá permitir sinalizar casos preocupantes, avaliar a sua gravidade e direcioná-los para o tipo de acompanhamento que seja mais adequado para cada um”, afirma Rita Santos.
“Os Serviços da Ação Social no caso de dificuldades financeiras, de alojamento ou alimentação, o GAP através do acompanhamento psicológico e psicopedagógico, etc.”
A psicóloga sublinha o grande empenho que a Associação Académica da Guarda (AAG), e a sua presidente, Beatriz Silva, têm manifestado em contribuir para o sucesso dos projetos: “A Associação Académica tem um papel fundamental, quer na divulgação das estruturas e programas que estão a entrar em funcionamento para apoiar os estudantes, quer na deteção precoce de casos que necessitem de intervenção, dado o contacto direto que a AAG tem com os estudantes”, afirma Rita Santos.
O Observatório Permanente de Prevenção e Combate ao Abandono e as outras três iniciativas que lhe estão associadas fazem parte do Programa Skills 4 Pós-Covid Competências para o Futuro no Ensino Superior – Sucesso e Resiliência no Ensino Superior Pós-Pandemia.
O Projeto é financiado pelo Programa Operacional Capital Humano (POCH).
