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Município apresenta agenda da Páscoa 2024 em Idanha-a-Nova

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova apresentou na passada sexta-feira, 1 de março, a agenda Mistérios da Páscoa em Idanha 2024, que descreve e calendariza as tradições quaresmais e pascais que acontecem neste concelho.

A programação dos Mistérios da Páscoa inclui cerca de 280 práticas e expressões de piedade popular seculares, que se desenrolam ao longo de 90 dias, desde a Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Pentecostes.

No lançamento da Agenda, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, sublinhou que “cada localidade tem as suas particularidades, o que representa uma grande riqueza”.

O autarca enalteceu “as instituições e os grupos não formais que, com alma e devoção, preservam as tradições quaresmais e pascais do concelho, participando de uma forma ativa nos rituais. Refiro-me às paróquias, misericórdias, associações e comunidades locais que se revelam insuperáveis na defesa do nosso património”, afirmou.

“A nossa missão, enquanto Câmara Municipal, é colaborar com o povo para salvaguardar, documentar e divulgar esta nossa riqueza. Mais ainda, numa altura em que Idanha conseguiu a adesão à Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa e Páscoa (no momento, em Portugal só Idanha e Braga integram esta rede), que é uma rede candidata a Itinerário Cultural do Conselho da Europa, itinerários com grande prestígio e interesse cultural e turístico”, adiantou Armindo Jacinto.

António Silveira Catana, coordenador do projeto Mistérios da Páscoa em Idanha, consolidado na Agenda que é editada desde 2009, explicou que a edição de 2024 é dedicada à análise das tradições da vila de Idanha-a-Nova.

Com notas históricas, culturais e litúrgicas, faz uma abordagem profunda aos seus ritos e rituais.

“Ao longo dos anos, temos documentado na Agenda as tradições das várias localidades do nosso concelho, pois a riqueza é imensa. Tais práticas religiosas perduram graças à ação evangelizadora dos Templários, dos Conventos Franciscanos de Nossa Senhora da Consolação em Monfortinho e de Santo António em Idanha-a-Nova, e, na atualidade, graças ao empenho e esmero de uma mão cheia de guardiões, que a todo o custo procuram preservá-las no espaço sagrado e ao ar livre. Tudo isto, também só é possível, graças ao trabalho das nove Irmandades das Santas Casas da Misericórdia e à ação dos párocos do nosso concelho”, acrescentou António Catana.

Na mesma linha, o investigador elogiou o apoio dos vários executivos autárquicos, no decurso dos anos, no apoio e incentivo às tradições, à investigação, à organização de iniciativas e à divulgação do património cultural.

Ainda na apresentação da Agenda, o pároco de Idanha-a-Nova, Padre Adelino Lourenço, referiu que “somos um povo diferente, que tem uma identidade própria, uma alma que advém de uma história com muitos séculos”.

“Por isso, devemos teimar em dignificar, em conservar, em adaptar aos tempos as tradições do nosso povo, visto que estamos a tocar na coisa mais sensível, que é a sua alma. Sejamos otimistas! Quem vier a seguir também pegará nas nossas tradições se as soubermos transmitir como uma coisa bonita, que também é sua e que faz parte da sua alma”, concluiu o Padre Adelino Lourenço.

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