A exposição “Rupturas em Lavra”, que resulta da parceria entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e a Universidade Sénior Albicastrense – USALBI, pode agora ser visitada na Sala da Nora até dia 1 de março.
Os grandes protagonistas são Anileu Esteva, Ditas, Francisco Esteves, José Passos, Orlando Antunes e Rui Farinha, alunos da disciplina de arte contemporânea da USALBI, que, durante um ano, se dedicaram à criação das obras que agora dão nome e vida à exposição “Rupturas em Lavra”.
Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, que considera a USALBI um dos mais relevantes investimentos realizados no concelho afirmou, na cerimónia de inauguração, que “a cultura ajuda-nos a transformarmo-nos enquanto comunidade e este é um claro exemplo disso mesmo”.
A mostra apresenta um conjunto de trabalhos, entre instalações e pinturas, que questionam valores e ideias revelando uma harmoniosa relação com a multidisciplinaridade dos novos modelos da Arte.
Segundo Nuno Cunha, professor da disciplina de Arte Contemporânea, pretende criar-se um grupo “que seja capaz de olhar de forma contemporânea e perceber quais são os mecanismos da atualidade e como é que eles funcionam”.
Considerando que a arte contemporânea almeja a criação de um sentido crítico mais apurado relativamente ao que se passa no mundo, estes trabalhos têm o mérito de subverter expectativas, recorrendo a soluções plásticas inesperadas que questionam valores e ideias, em sintonia com a multidisciplinaridade dos novos modelos da arte.
É também uma mostra onde se desmonta a impassibilidade da Arte Contemporânea, pelo envolvimento de um grupo de estudantes, que procura exilar-se da vertigem diária de factos e da permanente ocupação da mente, para irem além da atualidade.
Para Arnaldo Brás, diretor da USALBI, o objetivo desta disciplina “é produzir arte e, em simultâneo, refletir sobre ela”, caracterizando a arte contemporânea como uma forma de “quebrar paradigmas e trazer valores para a constituição de uma nova mentalidade”.
Refletindo sobre o trabalho desenvolvido desde o ano letivo 2018/2019, Miquelina Nunes, representante dos artistas, considera que “se foram dando passos muito curtos, mas que resultaram num somatório de grandes aquisições de conhecimento. É dessas aquisições que resulta algum do trabalho que hoje está patente nesta mostra”.
A exposição, com entrada gratuita, pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 14h00 às 19h00, na Sala da Nora, no Cine-Teatro Avenida.