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Covid-19: Cabo Verde prepara reativação das ligações aéreas e marítimas entre ilhas anuncia PM

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje, no parlamento, que está a ser preparada a reativação das ligações aéreas e marítimas entre as ilhas que saíram do estado de emergência, mas com protocolos de segurança sanitária.

“Os transportes aéreos e marítimos de passageiros entre as ilhas fora do estado de emergência serão reativados brevemente, com base em protocolos de segurança sanitária a serem aplicados às transportadoras, às concessionárias dos portos e aeroportos e aos utentes”, anunciou Ulisses Correia e Silva, ao discursar na Assembleia Nacional, reunida hoje em sessão extraordinária para votar a prorrogação do estado de emergência nas ilhas da Boa Vista e de Santiago, até 14 de maio.

Todas as ligações aéreas e marítimas entre as ilhas de Cabo Verde estão suspensas desde 29 de março, quando foi decretado o primeiro período de estado de emergência em todo o país. As ligações aéreas internacionais foram suspensas antes, por decisão do Governo, em 19 de março.

O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, anunciou na sexta-feira uma segunda prorrogação do estado de emergência, agora apenas nas ilhas da Boa Vista e de Santiago, que concentram mais de 96% dos casos de covid-19 no arquipélago, por mais 12 dias, até às 24:00 do dia 14 de maio.

“Decisão esta que será submetida à autorização da Assembleia Nacional, nos termos constitucionais”, afirmou numa mensagem ao país o chefe de Estado, que desta forma não renovará estado de emergência na ilha de São Vicente (a terceira em que ainda está em vigor), que assim terminará às 24:00 de hoje.

Ao intervir perante os deputados, o primeiro-ministro garantiu que o diagnóstico à doença será alargado nas próximas semanas, “estando em processo de aquisição cerca de 50.000 testes”: “A capacidade laboratorial em virologia e microbiologia vai ser reforçada através de investimentos em equipamentos e recursos humanos na Praia e de instalação de um laboratório em São Vicente, cujo processo já está em curso”.

Cabo Verde registou, desde 19 de março, 123 casos da covid-19, distribuídos pelas ilhas de Santiago (64), da Boa Vista (56) e de São Vicente (três, uma família, dois dos quais recuperados). Dois doentes acabaram por morrer e 18 foram, entretanto, considerados recuperados pelas autoridades de saúde, após dois testes negativos para covid-19.

Com a prorrogação do estado de emergência nas ilhas da Boa Vista e de Santiago – concelho da Praia conta 61 dos 64 casos da doença -, a população mantém a obrigação geral de confinamento e as empresas permanecem encerradas.

O primeiro-ministro disse ainda que as medidas de proteção social e ao rendimento, lançadas para o mês de abril para mitigar os efeitos da crise e do confinamento a que o estado de emergência obrigou, “vão continuar”. No caso da Boa Vista e de Santiago, que vão continuar em estado de emergência, “a assistência alimentar e o rendimento social solidário vão prolongar-se por mais um mês”.

“Para todas as ilhas, incluindo Boa Vista e Santiago, a atribuição do rendimento social de inclusão emergencial continuará até dezembro, cuidados especiais a idosos e a crianças durante mais três meses”, acrescentou Ulisses Correia e Silva.

O primeiro-ministro recordou que o Governo tomou “medidas atempadas” para travar o alastramento da covid-19 no arquipélago, apontando como exemplo o encerramento ao exterior ou das ligações aéreas e marítimas entre as ilhas, mas também ao nível da “proteção sanitária através de quarentenas e isolamentos e de confinamento obrigatório em casa” , que “permitiram isolar o país do crescimento de casos provenientes do estrangeiro e evitar o contágio da infeção entre as diversas ilhas”.

“Até à data, decorridos mais de 40 dias após o registo do primeiro caso positivo na Boa Vista, apenas três ilhas registaram pessoas infetadas (…) São ganhos. O cenário poderia, nesta altura, ser bem diferente, para pior, muito pior se medidas não tivessem sido tomadas atempadamente”, enfatizou Ulisses Correia e Silva, exortando ao cumprimento das regras do confinamento obrigatório em casa e do distanciamento social.

“Para as ilhas que já saíram do estado de emergência e para São Vicente, que sai na segunda-feira, gostaria de dizer que sair do estado de emergência não significa que o combate terminou. O vírus não é eliminado por lei, mas pelo comportamento de cada cidadão e pelo cumprimento de regras”, alertou.

Acrescentou que o programa de mitigação dos efeitos da seca, que se prolonga há três anos no arquipélago, e dos maus anos agrícolas, será “reiniciado, assim como os investimentos na mobilização da água para a agricultura e para o consumo humano”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 235 mil mortos e infetou mais de 3,3 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

*LUSA

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