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“Aprender tanto…em tão pouco tempo”: professores em formação pela Serra do Muradal

O grupo informal de professores de ciências conhecidos como “Geoapanhados” voltaram ao Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO para mais uma ação de formação.

Num dia dedicado às rochas e paisagens da Serra do Muradal, o grupo foi guiado pelo geólogo Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo.

Cerca de 30 professores oriundos de todo o país visitaram alguns dos sítios de relevância geológica que podem ser encontrados ao longo da Grande Rota do Muradal-Pangeia, que se encontra incluída no Trilho Internacional dos Apalaches.

O objetivo foi o de “compreender conceitos e processos geológicos a partir dos exemplos que existem na Serra do Muradal”, salientou Carlos Neto de Carvalho nas boas-vindas dadas ao grupo no Estreito.

O grupo de professores em plena “acção”

A viagem deu-se por rochas que remontam a um período de tempo estabelecido entre os 480 e os 435 milhões de anos.

Os professores descobriram os segredos dos fósseis existentes no Portelo ou na Pedreira da Penha Alta e foram convidados a analisar o “esqueleto” da Serra do Muradal próximo do miradouro do Zebro, hoje em processo de requalificação merecida.

Depois da “merenda com geologia” no Parque do Cabeço Mosqueiro, os participantes percorreram os taludes da estrada nacional à saída do Orvalho em busca de fósseis e aspetos sedimentares que permitissem entender a evolução das condições paleo ambientais que levaram ao despoletar de uma Era Glacial há 445 milhões de anos.

Esse foi o mote para falar de mecanismos promotores de alterações climáticas, nos afloramentos onde se encontra uma das evidências dessa glaciação tão antiga, junto ao rio Zêzere, já próximos do geomonumento da Garganta do Zêzere.

A excursão terminou já ao por-do-sol no concelho de Pampilhosa da Serra, na Barragem de Santa Luzia.

Estas iniciativas educativas e geoturísticas para grupos e entidades têm ocorrido em número crescente no território, com o apoio da Naturtejo, EIM e dos municípios que constituem o território classificado pela UNESCO.

A Serra do Muradal demonstra um enorme potencial para este tipo de atividades e vários foram os locais emblemáticos desta serra que foram excluídos da visita por falta de tempo, como a Fraga da Água d’Alta.

Na certeza que os “Geoapanhados” voltarão, fica expresso nas palavras reconhecidas do organizador da iniciativa, o Professor Francisco Sousa, o sucesso desta excursão, a utilidade da formação para os professores participantes, mas também o muito que ficou por ver: “Aprendemos tanto… em tão pouco tempo!”.

 

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