Passa hoje um ano sobre a morte de Mário Soares.
Não posso pois, deixar passar em branco, o momento para falar sobre o combatente anti fascista, o lutador pela democracia, o combatente da Liberdade, o governante e o estadista que foi, um dos fundadores do Partido Socialista.
Privei alguns anos com Mário Soares, entre 1974 e 1979, enquanto dirigente da JS e do PS na secção de Moscavide, primeiro e como Coordenador Político para o Alentejo e Algarve do PS, função à época que, para além de muita responsabilidade, era muito trabalhosa sob o ponto de vista físico e psíquico.
Aprendi com ele muitos dos valores democráticos que ainda hoje orientam a minha vida.
Lutei com muitos outros milhares de portugueses, pela defesa da Liberdade, tanto na Fonte Luminosa, como em tantos dos lugares por onde passou a campanha às eleições legislativas de 1976.
Foram 11.000 quilómetros, sem estradas ou auto estradas da qualidade de que disfrutam hoje os automobilistas portugueses, acompanhando o homem que, sem medo, dono de uma coragem impressionante, haveria anos mais tarde de conduzir Portugal à Europa.
Mário Soares era um exemplo, para nós, hoje sexagenários, à data jovens à procura de construir um país onde todos respirassem liberdade, sem medos, sem opressão, mas com muita esperança.
Aprendi com ele e com a sua forma de pensar, a ser mais responsável, politicamente corajoso mas acima de tudo a tornar-me um ser humano responsável, democrático, alegre e convicto.
Como ele, assumo a minha condição de republicano, socialista e laico, aliás, assumir o que somos e o que sentimos, foi algo mais que aprendi com o Homem, o Político e o Estadista Mário Soares.
E hoje, passado um ano, não poderia deixar de lhe prestar mais uma homenagem, porque para além de tudo, o que Mário Soares representa, nunca deixarei de me lembrar que Soares foi fixe!
Melhor, Soares é fixe, porque para mim, como para milhares de portugueses, o homem, o político, o ser humano que ele foi, continua vivo nos nossos corações.