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Marcha lenta a exigir a resposição das Scut na A23 e A25 junta 300 viaturas

Cerca de 300 viaturas participaram hoje numa marcha lenta na Estrada Nacional (EN) 18, entre Castelo Branco e Covilhã, em protesto contra as portagens e pela reposição das Scut (sem custos para o utilizador) na A23 e A25.

A iniciativa da Plataforma de Entendimento para a Reposição das SCUT na A23 e na A25 efetuou a marcha lenta na Estrada Nacional (EN) 18, no sentido norte-sul (Covilhã-Castelo Branco) e no sentido sul-norte (Castelo Branco-Covilhã), sendo que o ponto de encontro se deu em Lardosa, a escassos metros da sede da empresa concessionária da A23, a Globalvias.
A concentração, que juntou cerca de 300 veículos e, segundo dados da organização, cerca de mil pessoas, chegou a interromper a circulação na rotunda da Lardosa, que dá acesso à Autoestrada da Beira Interior (A23).
Nos cartazes empunhados pelos manifestantes podiam ler-se palavras de ordem como “Portagens ou empresas”, “Senhor primeiro-ministro oiça o Interior” ou “Portagens ou vidas?”, entre outras palavras de ordem.
Em declarações à agência Lusa, Luís Garra, da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), uma das sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda que integram a Plataforma de Entendimento, lamentou a ausência de qualquer autarca ou seu representante nesta manifestação.
“Eles [autarcas] gostam muito de portagens quando há eleições. Mas, esperamos que nos facultem os autocarros quando formos a Lisboa. É o mínimo que podem fazer”, afirmou.
Visivelmente satisfeito com a adesão que a marcha lenta teve, o sindicalista sublinhou que esta foi uma demonstração inequívoca de que o povo do Interior e do distrito de Castelo branco quer a reposição das Scut e quer a abolição das portagens.
“O Governo que não seja surdo a este protesto porque o próximo passo é irmos a Lisboa se for necessário. O Governo tem que entender de uma vez por todas que as portagens são um instrumento que é responsável pelas assimetrias regionais, que provocou quando foram introduzidas o aumento das insolvências, do desemprego e o aumento da sinistralidade nas estradas nacionais”, disse.
Adiantou ainda que ou o Governo ouve e aceita discutir a abolição das portagens ainda que de forma faseada e progressiva, mas quantificada e calendarizada, ou então a resposta que vai ter é a intensificação de uma luta que não vai parar.
Já Luís Veiga, do Movimento dos Empresários pela Subsistência do Interior, disse que este protesto é representativo da Beira Interior e daquilo que manifestamente foi feito contra a região.
“Estamos no limiar da subsistência nesta região. (…) Na realidade, estamos perante um estado homicida e anti-económico, porque as empresas que abandonaram a região após as portagens são significativas. Por outro lado, ao colocar portagens também trocaram portagens por vidas humanas”, frisou.
Este responsável adiantou que os acidentes aumentaram 09% nas estradas nacionais e 07% nas estradas municipais devido à fuga das pessoas às portagens.
José Gameiro, da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), realçou que esta é a primeira das marchas lentas contra as portagens.
“Vamos continuar a nossa luta. E tal como a nossa espera é lenta, a nossa marcha é lenta, mas chegou ao destino e nós também penso que vamos chegar ao nosso destino. Hoje temos aqui a prova bem viva de que este assunto interessa à região, aos empresários e às pessoas, individualmente. Só não vê quem não quer”, afirmou.
Este responsável sublinhou ainda que agora é necessário fazer ouvir “bem alto” a voz na rua, uma vez que quiseram falar do assunto nos gabinetes e não foram ouvidos.
Se nos empurram para a rua, nós vamos para a rua porque não temos medo e estamos a reivindicar aquilo que é justo para nós. É um cartão amarelo ao ministro das Infraestruturas. Já tentámos falar com ele. Não há resposta. Hoje estamos aqui a tentar falar com ele com outra voz”, sustentou.
Marco Gabriel, da Comissão de Utentes da A23, reforçou a ideia de que este “é um cartão amarelo” ao Governo.
“O Governo tem que no Orçamento do Estado para 2019 dar indicações claras de que vai fazer a reposição das Scut, ainda que de forma planeada e faseada no tempo, repondo aquilo que pode ser um fator de desenvolvimento e retirando aquilo que hoje é um fator de retrocesso do Interior do país. As portagens são um atrofio a esta região, a todo o Interior do país”, afirmou.
A Plataforma de Entendimento para a Reposição das SCUT na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
A Plataforma tem já agendada uma ação para o distrito da Guarda e, no dia 26 de maio, uma manifestação em Lisboa, junto à residência oficial do primeiro-ministro.
*Lusa /

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