Em diversos países já existe legislação que proíbe ou restringe a utilização de animais nos espectáculos de circo, refere o BE em comunicado.
Em Portugal, já se começou a caminhar nesse sentido.
Já várias Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia aprovaram pareceres para que as autarquias não emitam licenças para estes espectáculos e a Assembleia da República decidiu que os circos têm 6 anos para se prepararem e abolir todas as actividades circenses que tenham animais selvagens.
O circo é uma arte que sempre ocupou um lugar no imaginário das pessoas, em particular junto dos mais novos.
É indiscutível que existe hoje uma maior sensibilidade social, nomeadamente dos mais jovens e crianças, para as condições de manutenção dos animais no circo e a sua presença em actuações que os forçam a adoptar comportamentos contrários à sua natureza, especialmente os selvagens, tem levado ao declínio do circo com animais.
Também era tradição utilizar pessoas com deficiência ou deformadas e isso foi abolido.
As tradições só devem perdurar quando respeitem certos princípios.
E a cultura deve ser incentivada quando os cumpre.
Ainda na mesma nota, o Núcleo Concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda reforça a ideia de não querer que os espectáculos de circo fiquem prejudicados, “mas consideramos que é necessário redefinir o conceito. Não há necessidade de utilizar quem não escolheu estar ali”.
“Chegaram ao Bloco de Esquerda queixas relativas às condições em que são mantidos os animais do Circo que se encontra estacionado na Covilhã, nomeadamente as referentes às dimensões da jaula onde se encontra um Tigre e ao facto dos vários cães se encontrarem acorrentados a árvores ou confinados a espaços muito pequenos. Face a esta lamentável situação, o Núcleo Concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda não podia deixar de atuar e para isso apresentou queixa à PSP das condições em que os animais são mantidos”, adianta o partido.
Por fim o documento dos bloquistas da Covilhã apela “ao executivo de Covilhã e aos seus munícipes para acompanharem esta mudança de paradigma”.
